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A declaração de Jesus de que no seio do corpo discipular havia um traidor, causou profunda inquietação e visível angústia no grupo.

Por que teria de ser feita justamente naquela hora solene de comunhão, fidedignamente representada na ceia?

Era o último encontro formal.

A vida não se constitui de feitos e fatos congêneres. Surpresas chocantes hão surgido de onde não esperamos. O mal sobressai no espaço do bem. 

Parece ironia, mas a mesma hora assinala a suavidade e a crueza dos fatos. A declaração ganhou corpo exatamente pela ocasião em que foi feita.

Noutro momento talvez não causasse tamanho impacto.

Inquietação e perplexidade:

  • Porventura, sou eu? (Mc 14.19b).
  • Acaso, sou eu, Mestre? (Mt 26.25b).
  • Tu o disseste. Jesus aponta o traidor, acresce Mateus.

Estaria manchada a reputação da equipe de Jesus? Bem, a avaliação dos discípulos não se faz a partir de Judas, como a valoração da Igreja não depende de um fato isolado, por rumoroso que seja.

O ministério da Igreja de Cristo se afirma sempre que, por sua influência e fiel testemunho, uma vida é transformada.

Quanto vale uma vida? Jesus responde, em Marcos 8.36 e refs. Uma vida tem o preço do sangue de Jesus (1Co 6.20a; 7.23a; 1Pe 1.18, 19; Ap 5.9).

Causa espécie – aí, sim, inquietação – que pessoas, que poderiam estar na Igreja, e a serviço do Reino, são relegadas, sem razões convincentes, sequer ponderáveis.

A ceia celebrada no Cenáculo dá-nos pelo menos duas lições:

1ª) A Igreja (nos discípulos) foi orientada a agir como Jesus agiu.
2ª) A Igreja foi ensinada a acolher, indo às últimas consequências para salvar vidas, talentos, vocações.

Como Jesus: Amar é acolher, “até ao fim” (Jo 13.1; cf. Jr 31.3b).