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Os discípulos de Jesus foram deslocados da simplicidade comum de seu labor para uma espantosa mudança no curso de sua vida. 

Uma simples mudança de campo laboral, talvez não impacte tanto, quando se tem um ideal maior e mais nobre. No seu caso, contudo, não restou espaço à exceção. A grandeza da missão fez toda a diferença. 

É o caso de alguém que se sabe chamado para o ministério pastoral. Deixa tudo e segue o seu Mestre (Mt 4.22). 

A vocação é invencível. Se se trata de chamada ministerial evangélica, aí é que não se negocia (1Tm 3.1; 2Tm 2.4; Lc 9.62; 16.13). 

Ora, convém ressaltar que cabe à Igreja apoiar aqueles a quem Deus chamou e comissionou (Jo 15.16). Vocação é experiência pessoal, e não deve ser questionada. Devem ser honrados (1Ts 5.12, 13). Mas a Bíblia recomenda “honra a quem honra” (Rm 13.7e) – não a quem se honra… 

Mas o tema, neste texto, é perplexidade! Vamos a ele. 

Nada impactou mais os pescadores da Galileia, e a outros, que sua nova missão; a princípio, não bem entendida. Decerto, não teria consequência se tangida por certo “psicologismo religioso”, hoje grassando às soltas… 

O desfecho do Calvário deixou os discípulos perplexos, desnorteados, como, de resto, tudo na vida de Jesus os surpreendeu. Aturdiu-os, até. 

A dimensão da causa do Evangelho em muito transcende nossa imaginação. Tudo é novo e grandioso em Jesus de Nazaré! O novo é o Messias na terra. 

Tudo era incomensurável para homens de vida simples e de cultura modesta. Nalguns momentos precisaram dizer “não entendemos!” (Mt 15.15, 16). 

O extraordinário do ensino e dos atos de Jesus não foi, logo, de todo entendido (Jo 13.7). Causou espécie mesmo a gente nobre (Jo 3.1, 2). A nós outros hoje acontece algo semelhante. Daí a necessidade de voltar à Palavra, para obter equilíbrio (Pv 3.5; 1Ts 5.20; 1Pe 2.2; Js 1.8; Sl 1º; Rm 11.33-36; Jó 41.11). 

A perplexidade pode ser desnorteante. O êxtase não tem o condão de estabilizar a emoção. Explicam-se os embates de Paulo com a Igreja de Corinto. 

A indicação é ir à Palavra, com ouvidos para ouvir (Is 55.3a; Ap 2.7a), sob pena de julgamento por embotamento das faculdades mentais, ou impertinente rejeição (Ez 2 – 3.1-3).