banners dos posts (3)

Perdoar é uma virtude, seja a que natureza pertença, o perdão como resposta ou como oferta.

É nobre pedir perdão; é sinal de arrependimento e humildade. É nobre oferecer o perdão; aponta para um coração magnânimo.

O perdão bíblico é oferecido. Jesus o praticou na hora mais dorida de sua vida. Estava na cruz.

Quando alguém lhe pedia cura, Ele oferecia o perdão (Mt 9.1-6). É que os atos miraculosos de Deus estão atrelados às suas disposições mais nobres.

Em Jesus, e bem assim nos seres humanos, o perdoar procede do coração; move as entranhas. Talvez por isto nem sempre seja aferido em sua grandeza (Lc 5.20; Mt 18.15; Tg 5.19, 20).

O real entendimento do perdão passa por uma atitude nobre: o perdão é, antes, oferecido, que solicitado. É este o espírito, é esta a essência do Evangelho de Cristo.

Isso está ilustrado nos vários episódios de cura praticados por Jesus (Lc 5.23, 24). O perdão será sempre a concessão do mais, sobrepondo-se ao menos ou menor. Tem o pleno poder de reenlaçar vidas.

O perdão é “superdimensionável”, como pode ser quantificado – “setenta vezes sete” (Mt 18.21, 22). Neste caso, assume proporções inumeráveis. Quem perdoa, fá-lo sem medida (Sl 103.10-12).

Quem perdoa, esquece (Hb 8.12; Mq 7.19). Não se trata de amnésia; é que Deus não leva em conta aquilo que já não é (At 17.30; 1Jo 1.9).

O termo clássico para perdão é a palavra grega tetelestai – “Está consumado” ou “Está liquidado” (sentença proferida por Jesus na cruz). Paulo alude a “escrito de dívida” (Cl 2.14). Em seu corpo, lancetado na cruz, Jesus rasgou nossa maldita dívida (Gl 3.13, 14).

Nada se compara à experiência do perdão, seja para a dignidade de quem o oferece, seja para a liberdade de quem o recebe.

Perdoar, como amar, associa-nos com as virtudes do Eterno.

Como crescemos em Cristo!