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A terceira:

“Mulher, eis aí o teu filho (…) Eis aí a tua mãe” (Jo 19.26, 27). Jesus, mesmo na hora trevosa da morte, manifesta visível cuidado pelos seus.

Equivoca-se quem faz uso dessa palavra para fundamentar uma “doutrina”. Apenas, João se dizia o “discípulo amado” e – é provável – José já não vivia.

Recomenda Jesus aos cuidados de Maria o mais jovem dos discípulos; e, a este, o cuidado de sua mãe, provavelmente viúva.

Nada escapa à solicitude do Filho de Deus! Mesmo agonizando, Ele está atento.

O Senhor, amorável a qualquer prova, desdobrou-se no zelo pastoral e humano, ainda quando não se tratasse de seguidores seus.

A muitos socorreu, sem fazer acepção de pessoas; a muitos curou, sem cobrar manifestação de fé; a famintos, Ele mandou distribuir pão, indiferente a comedimentos dos próprios discípulos. A ninguém desprezou, a ninguém se negou.

Algumas condutas nossas em relação a pessoas socialmente desventuradas sociais são simplesmente estranhas ao espírito de Jesus e do Evangelho. Há arrepender-nos…

Na verdade, disse Ele que “não veio para ser servido, mas para servir…” (Mt 20.28). Sua consciência de servo atinge patamares altos (Lc 22.27).

Impõe-se-nos reconsiderar nossas posturas, seja na esfera da Igreja, seja numa dimensão maior – a Humanidade.

O ensino do Evangelho nunca esteve dissociado do serviço; como tal, a encantadora forma de vida da Igreja chamada primitiva… (At 2.42-47; 4.32).

Receio de que, um dia, a Igreja, encerrada em si mesma e, até, distanciada da gente simples, perca a capacidade moral e evangélica de falar em nome do Cristo.

Em tal ocorrendo, seus ajuntamentos se tornarão desinteressantes; suas orações, incoerentes; sua pregação, enfadonha, porque sem espírito.

Mas, ainda é tempo de recompor-nos com o ideal de Deus (Sl 14.2; Is 1.3; 55.3, 6; Am 4.12).

Não vejo melhor juízo e melhor caminho. Urge o tempo do bom-senso e da sabedoria no Espírito (Is 11.2-4). No Messias, como em nós outros hoje (Jo 14.26 e verso 12; Cl 1.24).