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A sétima:

“Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito” (Lc 23.46). Nada inédito nesta última palavra. O espírito de Jesus esteve nas mãos do Pai o tempo todo.

Eis aí a primeira grande lição para quem se vota a servir a Deus – “um espírito com Ele” (1Co 6.17); “… saí do Pai (…) vou para o Pai” (Jo 16.28 – VAR). 

Uma grande consciência deve ser assumida: a causa é do Senhor, não é nossa. Assim, ninguém deve se projetar ou locupletar-se do ministério ou da Igreja de Cristo.

Ele é o Senhor da vinha ou seara. Nós somos os trabalhadores. Ele é o Senhor; nós, os servos (Mt 20.1-16; 9.38).

Tudo o que Jesus veio fazer, fê-lo de modo completo. Do que o Pai lhe deu a falar aos humanos, “nenhum segredo levou de volta”.

O que está implícito na entrega do seu espírito, senão o fato de que nada ficou a dever?

Cada gesto, cada atitude, cada palavra, cada noite indormida, cada encontro reservado; – “importa fazer a vontade do Pai” (Jo 9.4; 10.37, 38).

Teologicamente, a ação de Cristo é ação do próprio Deus. O Pai estava no Filho e o Filho, no Pai (Jo 14.10-23; 10.32b). É um mistério? Pode ser. Pois, algo que a Deus pertence (Dt 29.29). Não entendemos? Podemos crer (Mc 5.36b).

E mais, o que Ele fazia em nome do Pai era testemunho do Pai sobre o Filho (Jo 10.32b).

Sobretudo, a entrega do espírito ao Pai afirmava sua deidade (divindade). Ele veio ou saiu do Pai e para o Pai estava de volta.

É-nos dado viver a mesma experiência, como Paulo, depois de haver combatido bem e completado sua carreira, como bom atleta de Jesus Cristo. Ao final, como o Filho ao Pai, Paulo se entregava a Jesus (2Tm 4.6-8).

Estamos nós (eu) em final de carreira… Hoje podemos olhar para trás e ver como Deus nos conduziu a vida e a história (Sl 44.1ss). Como nos protegeu e nos preservou. Há experiências que se podem contar em números altos!

Não haveremos de fechar os olhos e a memória para o que Deus tem feito. É isto, e somente isto, que nos possibilitará “entregar o espírito” como testemunho de obra completada.

O “nas tuas mãos entrego o meu espírito” demandará um pouco mais de reflexão.