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A sétima V – A Vontade –

“… entrego o meu espírito” (Lc 23.46). A vontade é a expressão mais  original do ser humano.

É pela nossa vontade que acertamos ou erramos ou, mesmo, nos omitimos. Seja com for, é, ela, um componente moral.

Manifesta-se desde cedo, mesmo de forma inconsciente; e não se pode arguir responsabilidade na primeira infância, quando, ainda, não se verifica o aprendizado – a percepção, que desvenda a existência.

Impulsos do crescimento podem ocorrer sem que deles se faça juízo. É apenas o mover-se do ser em evolução. É básico como descoberta e como afirmação. Mais tarde, o ser humano começa a assumir suas ações.

O tema não é estranho à experiência de Jesus, quanto à manifestação de sua vontade, jamais vista como subjugação.

Teria sido Jesus, como pessoa, anulado pela soberania do Pai? Não! Pai e Filho exerceram as mesmas prerrogativas, até porque os dois são um (Jo 10.30).

Jesus se determinou obedecer ao Pai – exerceu sua vontade, em fazer a vontade do Pai (Jo 5.30b; 4.34). Nutriam-se, a um tempo, o corpo e a mente.

Creio que podemos pensar em conformidade: do Filho com o Pai, e nossa, com o Pai, com o Filho e com o Espírito (1Co 6.17).

Conformidade é tema de Paulo (Rm 8.29b). Entendo ser essa nova relação o resgate do projeto original do Criador (Gn 1.26; Jó 33.4).

Passado e presente se encontram na unidade do propósito eterno – Deus na mira de sua criação (Gn 1.10, 31; assinalada por seu amor Jr 31.3).

Sem mais delonga: não se conformar com a vontade de Deus é, para o Apóstolo Paulo, uma insensatez (Ef 5.17; Rm 12.2, 3).

Enfim, Deus é soberano, puro, perfeito, solidário conosco. Deus é amor. Nós somos humanos, ínfimos. Salvamos-nos em buscá-lo (Dt 4.7, 29; Jr 29.13).

A descoberta da vontade de Deus e a conformação da nossa vontade com a sua será a maior conquista de nossa vida! Isto se fará em recolhimentos, notadamente e a partir do recesso do lar, com visíveis projeções em todas as esferas da humana existência.

Vale a pena exercitar a vida espiritual numa relação íntima e desimpedida com o Eterno. Se lhe ocorrem embaraços, ponha tudo isso diante do Pai. Faça-o, irmão, irmã; viva intensamente com Deus e para Deus! Viva objetivamente essa relação! (Ef 5.16). Não tardará: a diferença será notada.