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Nessa altura dos fatos, o protagonismo deixa de ser de Jesus e passa a ser de Judas Iscariotes – o traidor. 

Anselmo, filósofo e teólogo escolástico (1033-1109), ousou perguntar: “Por que Deus se tornou homem?”. Martyn Lloyd-Jones respondeu que a questão básica da expiação é: “Por que Cristo morreu?”. 

No fenômeno do cenáculo cabem a vida e a morte. A vida está em Jesus Cristo. A morte, em quem rejeita a vida. E nisto está a tragédia, consequente.  

Essa dualidade está presente em todo o seguimento bíblico. Deus criou a vida. O pecado gerou a morte (Gn 1.26; 3.1ss; Dt 30.15-19; Jo 5.39, 40; 14.6). 

A tragédia humana é o pecado. Um ato isolado de desobediência afetou toda a raça humana (Gn 2.16, 17; 3.9, 10; Jó 31.33; Rm 5.12). 

Terrível solidariedade esta, pela qual nos tornamos herdeiros do mal! Mas, não somos devedores do ato isolado de Adão. Somos responsáveis por nossos próprios atos (Gn 3.23; 2Cr 25.4b; Lm 3.39; Ez 18.1ss; Rm 14.12). 

A tragédia prende-se à atitude pessoal de Judas, que não se arrependeu, mas sucumbiu ao remorso profundo que o levou ao suicídio (Mt 27.4a, 5). 

Uma questão sempre se nos imporá: é a pessoalidade do pecado. O erro é individualizado; bem assim, o julgamento. Ao final, a ninguém será dado transferir culpa, esperteza que, desde o começo, Deus tratou de corrigir (Gn 3.12-19). 

O que se cristalizou na Sagrada Escritura é que o indivíduo, como tal, responderá por si. E isto não é apenas evangelho chamativo ao mundo perdido. 

O ato que produziu a tragédia foi praticado num paraíso. Por analogia, os pecados da Igreja, e praticados na Igreja, parecem ter maior peso moral. 

Não é o fato de estarmos numa Igreja de Cristo, nela refestelar-nos, que nos dará plena segurança. O essencial é estar na árvore e, bem assim, ligado à “videira verdadeira” (Jo 15). 

Registre-se aqui um apelo aos que já professam sua fé em Cristo. Paulo tem advertência sempre atual (1Co 10.12, 13; cf. 1Pe 2.1-4; 5.8-10; 2Pe 3.17, 18; Tg 4.8). 

Mas, seguramente, nenhum texto é mais direto que o monumental Salmo 1º. Paralelamente, importa-nos lembrar sempre da recomendação de Deus a Josué, aos termos finais da grande jornada (Js 1.8). 

E como não lembrar Paulo? (2Tm 4.7). Caminhar bem é chegar bem.