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No cenáculo, Jesus estava na companhia dos doze, até que o inimigo entrou na vida de Judas Iscariotes (Lc 22.3, 4). 

A escolha de Matias obedeceu mais a uma simbólica – os doze representavam as doze tribos de Israel – que propriamente a completude, por necessidade laboral ou de qualidade (At 1.25, 26). 

Judas não faria falta, por descompasso com o caráter da missão. Deus é cioso de sua coerência. 

A solidão marcou a vida de Jesus de Nazaré. Os que com Ele se alinham, como Ele se fazem; no espírito, no labor e na dor (1Co 6.17; Jo 14.12; Cl 1.24; Fp 1.29; 1Ts 3.3; 2Tm 3.12; Lc 9.23). Mas…, Mt 5.11; 1Co 4.12b; 2Co 4.9; 6.1-10; 11.21a; 12.10b; Fp 4.4 (!!!). 

Não há “desfile evangélico” sobre tapete vermelho… A chamada “teologia da prosperidade”, que teologia não é, ilude e desencanta. Favorece somente aos que ousam locupletar-se no Reino e do Reino. Divergem do seu Senhor (Mt 8.20).

Jesus foi um solitário. No deserto (Mt 4.1-11); na prisão (Mc 14.43ss); no julgamento (Lc 22.63-71); no Getsêmani (Jo 18.1-11); na cruz (Jo 19.17-22). 

Tantas vezes isolou-se para orar, sem homens ao seu redor; apenas com o Pai. No Getsêmani, Jesus orava sozinho. Os homens dormiam… Tende a angústia aliar-se com a solidão. Um dia, caminhei por entre suas árvores e pedras. Dois mil anos depois imaginei-me pisando o chão onde Jesus pôs os pés. Comovi-me como jamais havia-me ocorrido. Há muito mistério em tudo isso. Mas, mistério é o espaço de Deus na História. 

Os pastores são solitários. Jesus o foi, já no seio da própria família (Jo 7.5). Ocorre sê-lo – é possível – na própria Igreja, de que é a cabeça. 

Que resta ao solitário? Um deserto. Por vezes, deserto de si mesmo…, em si mesmo. 

Em não fazê-lo de moto-próprio, por insuficiente saber-se; e em sendo refratário ao transitório hedônico, restar-lhe-á preencher a vida na dulcíssima companhia do bendito Filho de Deus (Sl 23.1; 34.8, 9; Mt 6.25-34).