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A ascensão de Jesus ao Pai não foi o fim de sua missão, nem do labor dos discípulos, nem da tarefa da Igreja. A narrativa de Atos segue com a Igreja. 

Valha-nos o que disseram os “dois varões vestidos de branco”, enquanto os discípulos olhavam para cima… (At 1.10, 11). 

Não há um fim, quando se pensa em termos de eternidade ou, ainda, numa dimensão menor, em “confins da terra” ou “consumação dos séculos” (Mt 28.20). 

O que João escreveu parece denotar desvanecimento pelo vazio do sepulcro – “E voltaram os discípulos outra vez para casa” (20.10). 

Ademais, sugere-se que a nuvem que encobriu Jesus, também anuviou a fé e a esperança de seus seguidores (At 1.9). Mas, também é certo que a voz angelical foi-lhes diretriz (12-14). 

Não nos parece apenas simbólico ou circunstancial que seus olhos se voltassem “para as alturas” (At 1.11). Na experiência cristã, toda grandeza vem do alto (At 1.11b; Sl 121.1, 2; Tg 1.17). 

A ascensão é um fato histórico. Seguramente aconteceu, à vista de todos. Também é uma realidade espiritual – o domínio que liga a terra ao céu é obra de Deus e consuma a nossa fé. 

Somos instados a ver os feitos de Deus com os olhos do espírito, para muito além do nosso apego a valores menores, que perecem, da vida que passa; do que é transitório, que nos escapa por entre os dedos (1Co 15.19; Mt 6.19-21). 

Uma oportuna digressão: Não quer o Senhor que nos conformemos com a pobreza. Pobreza não é bênção, conquanto não seja maldição. Ele não quer que ponhamos nossa segurança nas riquezas, mas nEle (Pv 11.28a; 1Tm 6.17-19; Mc 10.23). 

Nem que confiemos em nós mesmos, no que temos e no que podemos; nem circunscrever a vida à sofreguidão do nosso tempo (2Co 5.1; Hb 8.2). 

Também não deseja que nos comiseremos, mas que vivamos em paz (1Tm 6.3-10; Fp 4.4-7). 

A genuína fé vê mais, e antes (Hb 11.1). Há sempre algo mais alto e mais elaborado, para ver e para ouvir.