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O cenáculo é uma síntese perfeita da pessoa e do ministério de Jesus.

Mais que mera conjugação verbal, a que mais enfaticamente se traduza, o “Eu Sou”, em qualquer idioma, é a afirmação da realidade do Ser. 

“Eu Sou” é Deus falando de si mesmo. “Eu Sou” é Jesus falando de si mesmo. Basta!

A partir dessa asseveração, muitas verdades se podem inferir do Pai e do Filho. A mesma singularidade se diz do Espírito.

Os deuses são criação humana; desde os ancestrais tempos mitológicos, idealizados para sua segurança, na confrontação das turbulências naturais com a paz rural. 

Mas nenhuma resposta deles se ouve. Os deuses fabricados ou constituídos pelos homens não são relacionais (Sl 115; 135.16, 17). Distinto, em termos absolutos, só o Deus de Israel, para todos (Dt 4.7; Mq 4.5). 

O “Eu sou”, realidade plena em si, deseja ser real em nossa vida. Creio, poder-se aqui inserir, sem reservas, o projeto original da criação (Gn 1.26; Jó 33.4). 

Creio, igualmente sem reservas, e sem intertextualidade (Dt 4.2; Pv 30.5, 6; Ap 22.18, 19), que seja afobada ou intencional, poder-se considerar a teologia paulina da conformidade (Rm 8.29b; Gl 4.19b; 1Co 1.6; 2Co 1.21; 3.18; Fp 3.10b; Ef 2.10). 

Como Deus nos criou, somos sua “imagem e semelhança”; no ser, no falar, nas atitudes, nas disposições mais variadas, no mais alto ideal; em nossas posturas e posições, particularmente no trato dos irmãos de fé. 

No amor, com todas as suas manifestações. Lembra-me o velho Plínio, em seus relatórios ao Senado romano: “como se amam esses seguidores de Jesus de Nazaré! (Cf. Jo 13.34, 35). 

O “Eu sou” se mostra como modelo, e o é. Contudo, jamais se mostrou em convenções pessoais ou institucionais. Nada circunscreveu a si ou o confinou numa pretensão particular. 

O “Eu sou” se configura num projeto maior que se chama Reino de Deus, e isto envolve renúncia, prudência, sabedoria, humildade, misericórdia, longanimidade, bondade, fé, mansidão, domínio próprio; o amor, sobrepassando tudo; e tantos outros valores e virtudes (Gl 5.23) – tudo o que o Espírito inculcar em nossa vida. 

O “Eu sou” é o de 1Tm 2.5.