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A quinta:

“Tenho sede” (Jo 19.28). Desidratado, Deus, completamente humanizado, tem necessidades básicas de humano.

Aquele que é a “Água da vida” sentiu sede durante as seis intermináveis horas que passou pendurado numa cruz. Deram-lhe vinagre, que Ele o rejeitou.

Água H2O é deliciosa. Vinagre é ácido, não o dessedentaria. Não é função sua eliminar a sede. Oferecer vinagre a quem tem sede é maldade rematada.

Vinagre é o “produto obtido da fermentação acética do vinho por bactéria”. Significa “vinho azedo”. Auxilia no equilíbrio estomacal, mas é azedo e corrosivo; não serve como substituto da água.

Água é naturalmente benéfica – “ajuda a hidratar, transporta nutrientes até as células e auxilia na eliminação de toxinas do corpo”. Água causa bem-estar. É sobremodo importante para a saúde.

Caberia aqui uma análise da medida certa das coisas ou dos elementos. Mas eu não sou químico e nem é esse o propósito deste texto.

Pensemos nas consequências da sede para o organismo. Sente-se sede quando se precisa de água. É o primeiro sinal de desidratação. A mensagem vem do cérebro.

Entre os efeitos causados pela desidratação, alinham-se: fadiga, dor de cabeça, desorientação mental, tontura, tremores, desmaio, coma e morte.   

Tudo na cruz traduziu sofrimento para Jesus. Sofrimento sobre-humano, acima do que poderíamos imaginar.

Como sou inclinado à análise dos fatos, como não pensar no quanto a Deus custou tornar-se homem; e como não debruçar-me no como podemos tornar-nos semelhantes a Jesus? (Cf. texto anterior).

Como a qualquer pregador que preze o seu ofício, dá-se o deleite intelectual das inferências. Não se amolda às inconexões.

Se o Deus-homem sentiu sede, bem haja, por nosso turno, suspirar pelas correntes da Água da vida! (Sl 42.1, 2; Jo 4.10, 13, 14; 7.37b, 38).

Como, ao tomar sobre nós, dia a dia, a nossa cruz, igualmente não sentir sede? Há que voltar à lição da corça…

“Tenho sede”. Exaustão ao extremo. Eis a grande contradição: Deus numa cruz – o preço de ser homem.