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A sexta:

“Está consumado” (Jo 19.30) – “Consummatum est”. Daí para a frente, a missão não é dele. É nossa (Mt 28.18-20).

Já o testemunho não é da morte. É do Cristo ressurreto. A cruz é passado; conta-se algo como “foi crucificado, mas ressuscitou” (Lc 24.5-8).

Já não desfilamos com um “senhor morto”, mas com o Cristo vivo em nós. A cena do Gólgota foi algo que se viu. A experiência com Cristo se revela no dia a dia. É o que se vê, mormente se não nos faltar acuidade.

Tudo o que se predisse se cumpriu. Nada mais há que Deus deva fazer, dentro de sua economia e propósito, a não ser em resposta à nossa fé (Jo 11.40).

Já não mais se fala de tortura, de suplício, de morte. Fala-se da glória, do triunfo sobre a morte (Cl 2.15; 1Co 15.54; Rm 6.8; 2Tm 2.11).

A obra de Cristo foi consumada na cruz. Sacrifício por inteiro. O preço foi pago – “Está consumado”.

Consumado em que termos? Do ponto de vista de Deus, sim, consumado. Absolutize-se a expressão. Do ponto de vista do ser humano, alvo da graça demonstrada na cruz, ainda não.

O que falta ao ser humano? Falta-lhe crer. Falta-lhe a fé, seja como assentimento intelectual, seja como experiência.

Crer ou ter fé abrange total compreensão do que Deus realizou na cruz, por meio do seu Filho, e o todo do que seu sacrifício pode realizar em nossa vida. Isso não se faz com uma simples declaração de fé, recitada, quanto distanciada…

Outro componente de fé é a experiência. Seja no “tomar cada dia a cruz”, seja em interiorizar a própria vida do Cristo, seja no tornar-se sinal visível de sua presença entre os seres humanos (Lc 9.23; Gl 4.19, 20; At 1.8).

Ao contrário disto, seremos apenas andantes pela vida, e com os nossos semelhantes, sem que ninguém perceba algo diferente em nós.

O que faz que sejamos diferentes é o tipo de vida que assumimos no mundo de que fazemos parte. Fazer diferença é ser diferente onde estivermos (Sl 1o; Mt 5.13-16; Rm 12.1, 2).

Deus fez sua parte. E nós? Havemos de fazer a nossa para que a obra se complete. Estaria Paulo pensando no ser como no fazer? (Cl 1.24).