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A sétima III – A Qualidade da Vida –

“… entrego o meu espírito” (Lc 23.46). Uma avaliação quantitativa talvez não tenha o esperado realce: é uma – pode referir algo indefinido. A entrega da vida – unitária – de Jesus ao Pai tem o peso da qualidade.

Completada a sua missão na terra, Jesus entregou ao Pai o seu espírito, santo, puro, perfeito, inatacável (Jo 8.46).

Em geral, atrela-se a qualidade de vida das pessoas a condições econômico-sociais. Quem tem maior poder aquisitivo, vive melhor; é mais feliz.

Ledo engano! A felicidade de uma pessoa não depende de sua conta bancária, do seu patrimônio ou de situações análogas (Lc 12.15).

Há ricos infelizes e há pobres felizes (não estou a fazer apologia da pobreza). Acresça-se: quem circunscreve a vida a bens materiais, não sabe ser feliz.

Momentos especiais hão ocorrido em nossa vida, nos espaços do tempo – festas, celebrações, efemérides; o que tenha importância histórica ou pessoal; o que faça sentido, escola; o que produza efeitos ou justifique reminiscências.

Alguns fatos passam, mas deixam marcas. Outros apenas passam e se vão somando na lembrança adormecida. Outros têm peso maior e deixam cicatrizes… Outros se perdem na amnésia ou no embotamento do espírito.

Nosso repositório de lembranças é, por vezes, muito pequeno.

A vida é feita de fatos que ela mesma nos reserva, ou são lições que fomentam a cotidianidade, ou do apenas fortuito. Verdade é que a vida é mediada por fatos.

Por alguns, nós damos graças a Deus. De outros nos arrependemos e pedimos perdão. A alguns desejaríamos que se reproduzissem. A outros desejaríamos esquecer. Uns nos honram. Outros nos envergonham.

A vida não é uma e uma coisa só; e poderá ter um destino e um sentido –  projeções variadas, e não programadas.

A Bíblia nos ensina que pertencemos a Deus. Nosso programa existencial deve cumprir-se sob a égide de sua autoridade e do seu amor por nós (1Sm 2.6; Ef 2.10; Jr 29.11; Sl 37.4, 5, 7a; Pv 3.5; 28.26; Rm 14.8). 

Magno o exemplo de Paulo! (2Tm 4.7, 8). Um exame atento desta citação mostrar-nos-á que o “bom combate” alude à qualidade de sua vida e ministério.

Refaçamo-nos, dia a dia. Reservemo-nos tempo para conviver com Deus, em momentos especiais, num lugar especial (Mt 6.6). Isto fará toda a diferença.