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A sétima VIII – O Nosso Espírito Todo –

“… entrego o meu espírito” (Lc 23.46). O cenáculo marcou um encontro do homem real com o Deus verdadeiro.

O homem real é mutável, como é vulnerável. Agora tem diante de si, na pessoa do Cristo, o ensino e o exemplo que o perenizam numa vida plena e luminosa, enquanto o meramente humano é frágil, cede à própria tibieza.

O Cristo tem diante de si um cenário de igreja, em que todas as contradições se dão à luz, mas que podem ser superadas. A esperança se ostenta ante a rendição e a morte.

O cenáculo é feito de evidências, de decorrências e de inferências. Tudo nele se concretiza, mas nele nada se finaliza, e nele não se enxerga alguma insuficiência. O cenáculo é, a um tempo, pleno e prospectivo.

O Cristo é o Cristo saído de Deus e sendo Deus. Os participantes da ceia são homens. Um negará sua fé; outro venderá o Filho de Deus, como se fosse uma mercadoria qualquer; outros duvidarão de sua natureza e missão; outros crerão de verdade e, também, darão a própria vida pela mesma causa.

O cenáculo é uma “escola” onde se pode aprender, recordar, encantar-se, impactar-se, crer, viver. Uma escola para a vida.

Mas, igualmente, o cenáculo é “prospecção”, já o disse noutros termos. A Verdade nele se patenteia. Dele decorre a caminhada do testemunho. Ele aponta o Modus vivendi e o Modus faciendi aos discípulos. Vale dizer, à Igreja.

Que é necessário, senão que os discípulos – de todas as gerações – façam o que o Cristo ensinou e fez? Ele, porque completou a missão; os discípulos, para iniciá-la (Jo 14.12; Cl 1.24). Os dias não se consumam na sua alvorada.

Os discípulos haveriam de seguir as pegadas do Mestre, mesmo com o preço da própria vida, se necessário fosse; haveriam de confiar-se a Ele (Jo 16.33b; At 20.24; Gl 2.20; Fp 1.21).

Entregar-se por inteiro – o homem integral (1Ts 5.23; Ef 4.13).

De que outro modo poder-se-ia falar de compromisso com a fé cristã?